- Biqueirão?
Responde o amigo:
-Com azeite e alhos, e uma garrafa de tintol!
-Com azeite e alhos, e uma garrafa de tintol!
A forma como sorriram um para o outro, revelava uma ânsia e um salivar de quem ia degustar o manjar dos deuses, ainda não tinham feito o primeiro entalado de pão, quando aparece aquela intrusa, disfarçada de boa amiga e conselheira e lhes diz: - Meus caros a comerem isso, acho que nem com uma mascara anti gás, arranjam alguém que passe a noite convosco!
Fez-se um silêncio incomodo, um quase perpetuo embaraço, os dois amigos olharam desapontados um para o outro, ficaram alguns segundos presos nos seus próprios pensamentos e depois atiraram-se como dois alarves ao prato do biqueirão, beberam sofregamente a garrafa do vinho até aquela ultima pinga que fica preza no gargalo. Resolveram esmoer o repasto em lugar mais animado, num bar de Karaoke.
O mau hálito que saia das suas bocaras era de tal forma medonho, que conseguiram provocar um traumatismo craniano no barman, que desmaiou ao pedido de duas cervejas, só não foram presos porque o policia que despachou a ocorrência, ao inspirar para tomar folgo e começar a escrever ,veio-lhe o odor fétido e disse-lhes: - Phuuuuu... Cheguem-se para lá, afastem-se 10 metros! - Não os levando presos para não empestar a esquadra.
Acabaram com a festa.
Desses dois amigos, soubesse mais tarde que tinham ido passar uma temporada no deserto do Saará, em penitência. Consta que foram a pé por os camelos terem feito cara de policia.
4 comentários:
Escuta, n'ouves: isto está muito bem! :) E aviso-te já de que gosto muito de biqueirão.
Olaré! Biqueirão com alho e azeitinho... e o tal de titinho...
agora camelos, é que não!
Nem fardados!
:)
«O mau hálito que saia das suas bocaras era de tal forma medonho, que conseguiram provocar um traumatismo craniano no barman, que desmaiou ao pedido de duas cervejas...» tanta hipérbole junta.
;)
Porreiro.
Claro que o texto é ficcionado...
e ainda bem!
Mas aproveito para lhe dizer o seguinte:
O mau hálito vem do alho!
Não do ilustre biqueirão ao qual, se me permite, num poema meu sobre coisas do Algarve, refiro
como "o paladar mais grácil que o mar tem ...)
Mas há um remédio. Abre-se o alho ao meio e tira-se o espigo que tem no meio!
Experimente. Já praticamente não produz mau hálito e não faz mal ao estômago!
Saudações
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