terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Revista à Portuguesa


VIVA A REVISTA À PORTUGUESA

(Aplausos para o grande timoneiro, que continua a lutar pela preservação deste género de Teatro tão nosso, e já agora muito obrigada pelo privilégio de fazer parte da equipa )


As academias coroam com igual zelo o talento e a ausência dele.
Carlos Drummond de Andrade


É fantástico, mas existam pensadores que têm a capacidade de resumir numa pequena frase, tudo aquilo que às vezes me apetece dizer a pessoas que se acham acima do comum dos mortais.


Aborrece-me em algumas criaturas, o cabotinismo, a arrogância, a presunção de se acharem donos da verdade, capazes de definirem padrões culturais e morais, e ainda por cima estarem convictos que conseguem mudar aquilo que eles acham que não é bom.

Ou muito me engano, ou o gosto por determinada vertente artística nada tem a ver com o nível intelectual ou cultural de cada um, mas sim com a pré disposição do momento para assimilar o que nos faz falta naquela altura.

Como é possível, entregarem a gestão de espaços culturais a indivíduos, que o único contacto efectivo que têm com as artes é somente, consumirem aquilo que lhes é fornecido pela generosidade e talento de tantos criadores e artistas?

A esses intelectuais de trazer por casa, que se acham no direito de julgar e catalogar como boa ou má, qualquer forma de arte, para ser apresentada num espaço que deve ser aberto e multi cultural, devoto-lhes o meu mais profundo desprezo, e a minha mais sincera piedade por serem tão frustrados, porque no fundo o que essa gente gostaria, era de ter um pouco da genialidade dos grandes e fantásticos artistas que existem na nossa região!


1 comentário:

Anónimo disse...

Começo por dizer que não sou grande apreciador de revista. Apesar disso, sou da opinião de que todos nos devemos cumprir no que para nós tenha significado, independentemente da opinião dos demais. Aliás, o trabalho das pessoas deve ser visto no contexto em que é feito e não tendo como bitola aquilo que achamos que sabemos. A meu ver, a principal limitação das academias, é querer destituir de emotividade o que não pode subsistir sem ela, é querer reduzir a uma fórmula aquilo que não tem, nem pode ter, determinado tipo de balizas. Força!