terça-feira, 18 de junho de 2013

Quietude



perco-me em olhares vagos...
saudade esculpida na alma!
morro em cada por do sol
renasço em cada estrela
vivo em cada aurora
sinto-me no canto nómada dos pardais
com as lágrimas gotas de orvalho da manhã
cheiros trazidos na brisa fria
falam da flor de laranjeira embrulhada no jasmim
e... em mim chora-me sol luz, chora-me luz lua!
dialogo desenhado ao limite do (in)explicável,
toca-me em silêncio sons trazidos no embalo da quietude!
MADALENA LUZ





domingo, 28 de abril de 2013

Entre Espaços



incessantemente como quem faz poesia
na fragilidade de recriar a vida
inesgotável como o vento do deserto
descobrindo fontes ocultas
nascentes cristalinas
onde a água sussurra docemente
"o medo só trás morte à alma!"
irreverente escorre por montanhas e vales
sob translucida claridade do sol
sob opaco escuro da noite
(des)amputada do ridículo das emoções
onde perfeito é o sonho
onde cada momento é um estar
entre espaços abertos
seguindo em todas as direções  

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Incógnita Dimensão...



incógnita dimensão
realidade na sombra do ser
desenho da palavra... improvisos... 
absurdo de não ser segmento de recta, no circulo assimétrico
moldado na originalidade do (ir)real do que (não) é

emergem tatuagens na escrita

perfumando segredos mágicos no espelho dos olhos
arrancados às garras do mundo

- Em dias assim mudava o andar seguro, tornando-o selvagem!