terça-feira, 21 de junho de 2011

Delirio e Certeza....

Sentir em nós uma razão porque não estamos sós. Sentir em nós o abraço forte do mar, como quem navega nas duvidas de um oceano incerto, sem saber o que estará para lá da linha do horizonte.
Ultrapassa-lo sempre fora o seu objectivo!
Todos os dias e pequena criança, sentava-se no mesmo lugar, onde noutros tempos grandes pensadores esquecidos pelo tempo, meditavam acerca das coisas divinas. Ela, sem  saber, cumpria um ritual de contemplação do qual  não tinha consciência, tão pouco imaginava que no futuro, voltaria inúmeras vezes aquele lugar, onde sempre encontrava resposta para toda a sua ânsia e fome de infinito.

Silêncio, quietude, beleza , amor e possibilidades inimagináveis ela iria sempre encontrar lá, onde tudo se renova a cada nascer do sol e se adensa debaixo do céu estrelado.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Brisa...

Secretamente vinda de sul, a brisa soprou, acariciou-lhe o rosto, brincou com os seus cabelos. Sentiu-a suave, morna, com gosto a sal!  Libertou-lhe a alma, que se sentia encolhida, aprisionada, levou-a de volta a outros tempos, outros lugares. Levou-a de volta ao reencontro com a sua essência! Fechando os olhos,  deixou-se transportar pelas asas do tempo... Fez a viagem de regresso às suas origens, revisitou pessoas e lugares que lhe falavam ao coração, aquietou a saudade, sentiu-se plena de um contentamento pacificador que lhe aquietou os sentidos!
Quando acordou , tomou consciência que mais uma vez levada pelos braços de Morfeu, sonhou!
Os sonhos que eram a sua realidade paralela, mas que tantas vezes lhe davam a certeza exacta, que a realidade consciente, nada mais era que um reflexo anunciado no mundo dos sonhos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Chocolate e companhia...


Em resumo, um daqueles dias negros. Raiva! Irritação... magoa... e alguma ansiedade. Eu era a ultima das criaturas. Como forma de cura  preparava-me para voltar à pedra de onde sai. Fecho os olhos... Chega inesperadamente, um presente dos deuses, em forma de fatia de bolo de chocolate, com creme mascarpone e framboesa -Fico relutante.- Mas, não resisto a semelhante tentação... trinco com delicadeza... sinto um arrepio... aquelas coisas que são as promotoras do sentido do Gosto, desorientaram-me. Estou ao rubro! O quente do chocolate, o macio e doce do creme, o levemente acido da framboesa... traem-me! Aperto delicadamente com a língua de encontre o céu da boca, aquela maravilha finalmente desarma-me... deixo avidamente os sabores se misturarem, até parecerem um só... sinto-me invadida por um Bem indescritível... tudo  à minha volta se iluminou, um poder estranho tomou conta da minha alma, não deixando espaço para qualquer "sombra" perturbar aquele momento quase perfeito!

Bendito bolo de chocolate!