sábado, 3 de março de 2012

Era uma vez....

Era uma vez...
Era uma vez um lugar, tão pequeno que quase ninguém dava por ele... esse lugar tinha o nome de liberdade, liberdade de simplesmente ser livre, ele era tão perfeito, tão simples, estava ali à mão de toda a gente, mas ninguém o via, passavam por ele, não dando pela sua existência. Do alto da arrogância, que caracterizava algumas criaturas que por lá viviam, ele escutava, o que lhes ia no seu intimo, mas não interferia, nem se fazia notar, afinal ele era a liberdade, logo não se imporia nunca, a quem não estivesse preparado para a viver na sua plenitude.
Havia dias em que o lugar reflectia acerca da sua forma de ser, comentando para si mesmo: "Um dia quando repararem em mim, quando me olharem, me verem, vão compreender o quanto estão enganados!... Eu não sou o óbvio! Nada, nem ninguém o é!... Aquilo que chamais insanidade, nada mas é do que a perfeita harmonia dos sentires, quando alguém se descobre, se ama, conseguindo sem dar por isso transformar tudo em si, e à sua volta.
Estranho Eu? Talvez... Não vos deixais enganar na mesquinhice das aparências... "
Estas reflexões ele, o lugar, fazia por vezes, quando se sentia envolvido em alguma tristeza, por saber que é tão simples, tão fácil estando à mão de toda a gente, bastando para isso viver em verdade com aceitação de si mesmo, porque não existe impossíveis, e a vida não é uma coincidência, não existe coincidências nem acasos... o acaso é o pseudónimo de Deus quando ele não quer assinar...