sábado, 3 de março de 2012

Era uma vez....

Era uma vez...
Era uma vez um lugar, tão pequeno que quase ninguém dava por ele... esse lugar tinha o nome de liberdade, liberdade de simplesmente ser livre, ele era tão perfeito, tão simples, estava ali à mão de toda a gente, mas ninguém o via, passavam por ele, não dando pela sua existência. Do alto da arrogância, que caracterizava algumas criaturas que por lá viviam, ele escutava, o que lhes ia no seu intimo, mas não interferia, nem se fazia notar, afinal ele era a liberdade, logo não se imporia nunca, a quem não estivesse preparado para a viver na sua plenitude.
Havia dias em que o lugar reflectia acerca da sua forma de ser, comentando para si mesmo: "Um dia quando repararem em mim, quando me olharem, me verem, vão compreender o quanto estão enganados!... Eu não sou o óbvio! Nada, nem ninguém o é!... Aquilo que chamais insanidade, nada mas é do que a perfeita harmonia dos sentires, quando alguém se descobre, se ama, conseguindo sem dar por isso transformar tudo em si, e à sua volta.
Estranho Eu? Talvez... Não vos deixais enganar na mesquinhice das aparências... "
Estas reflexões ele, o lugar, fazia por vezes, quando se sentia envolvido em alguma tristeza, por saber que é tão simples, tão fácil estando à mão de toda a gente, bastando para isso viver em verdade com aceitação de si mesmo, porque não existe impossíveis, e a vida não é uma coincidência, não existe coincidências nem acasos... o acaso é o pseudónimo de Deus quando ele não quer assinar...

3 comentários:

Antônio Lídio Gomes disse...

Mada, gostaria eu de conhecer esse lugar em toda sua plenitude.
Mas ainda não é o momento.
Hei de um dia, uma hora, ou quem sabe num momento qualquer, desembarcar nesse recanto.
Espero ser recebido com seus braços abertos.
Um abraço e um beijo.

O Árabe disse...

Assim é, Mada: a liberdade é um lugar encantado... e que existe dentro de nós. Boa semana, amiga!

Anónimo disse...

Pois é Mada; a simplicidade nem sempre é valorizadas pelas pessoas. Muitas vezes a liberdade está tão comum, tão evidente, que ninguém consegue ver, nem valorizar. Muitas vezes ela está apenas dentro de nós e nos privamos de vivê-la por causa das pessoas que nos cercam. Mas nesse caso de fato, a nossa liberdade termina, onde começa a do próximo.
Belo post! Bom domingo! Beijos