perco-me em olhares vagos... saudade esculpida na alma! morro em cada por do sol renasço em cada estrela vivo em cada aurora sinto-me no canto nómada dos pardais com as lágrimas gotas de orvalho da manhã cheiros trazidos na brisa fria falam da flor de laranjeira embrulhada no jasmim e... em mim chora-me sol luz, chora-me luz lua! dialogo desenhado ao limite do (in)explicável, toca-me em silêncio sons trazidos no embalo da quietude! MADALENA LUZ
incessantemente como quem faz poesia na fragilidade de recriar a vida inesgotável como o vento do deserto descobrindo fontes ocultas nascentes cristalinas onde a água sussurra docemente "o medo só trás morte à alma!" irreverente escorre por montanhas e vales sob translucida claridade do sol sob opaco escuro da noite (des)amputada do ridículo das emoções onde perfeito é o sonho onde cada momento é um estar entre espaços abertos seguindo em todas as direções
incógnita dimensão realidade na sombra do ser desenho da palavra... improvisos... absurdo de não ser segmento de recta, no circulo assimétrico moldado na originalidade do (ir)real do que (não) é
emergem tatuagens na escrita perfumando segredos mágicos no espelho dos olhos arrancados às garras do mundo
- Em dias assim mudava o andar seguro, tornando-o selvagem!