domingo, 21 de agosto de 2011

Rumou ao desconhecido...

Ela tinha um porte majestoso, seguro, transmitia ao seu bando uma confiança tal, que todos se apoiavam nela até para as coisas mais simples, como procurar alimentos ou como tratar das pequenas crias, o que ninguém sabia nem imaginava era a profunda solidão que sentia no mais fundo da sua essência, solidão sentida de uma forma tão intensa que se transformava em medo, ela sabia que a solidão e o medo andavam de mãos dadas, por a razão não querer dar ouvidos ao seu pequeno coração de pássaro, que lhe dizia a toda a hora:"segue-me, ouve-me, deixa de lado a lógica, ela só vai servir para te confundir", mesmo sabendo que o seu coração nunca a enganaria, ela sentia medo, medo da ilusão.
Um dia ela acordou de manhã, bem cedo, ao despontar dos primeiros raios de sol, respirou profundamente o ar fresco, sentiu-se plena de vida, abriu as asas e voou, voou rumo ao infinito, cheia de felicidade por correr o risco de ir ao encontro do que sempre fora parte de si desde a noite dos tempos, sem certezas do que estaria à sua espera, ela resolveu correr o risco de trocar o certo pelo incerto, estava consciente que o que sentia era tão fantástico, tão maior, que esta seria uma descoberta unicamente sua, por ser algo completamente novo, fazendo-a olhar para si mesma com um respeito e amor que nunca se dera conta antes... 

Sem comentários: